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Vitória do “não”é derrota política para todos os presidenciáveis

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O “não” ganhou em todos os Estados e no Distrito Federal. O “não” ganhou em todas as capitais.

Essa expressiva vitória do “não” foi uma derrota para todos os presidenciáveis que já apareceram para 2006: Lula, Serra, Alckmin, Aécio, FHC e Garotinho. Todos defenderam o “sim”. Perderam feio.

Outros que se saíram mal são os congressistas que encamparam publicamente a campanha do “sim”. O nome à frente de todos é o de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. Renan, mais do que ninguém, pressionou pela realização do referendo. Esperava lustrar sua imagem –ele tem um passado eclético, tendo apoiado Collor, Itamar, FHC e Lula.

Do ponto de vista prático, é claro, a derrota dessa turma toda precisa ser relativizado. Se todos perdem, ninguém perde de fato. O certo é dizer que sofreram um desgaste quase equivalente entre si. Anulam-se.

Na realidade, o derrotado maior é o que precisava melhorar a imagem de maneira imediata, desesperadamente. Por exemplo, Lula saindo do “mensalão”. Ou Renan Calheiros, necessitado de um lustro da reputação.
Fora os derrotados políticos, fica a lição sobre o referendo. Custou uns R$ 270 milhões para deixar tudo no mesmo lugar. Foi bom ou ruim? Este blog deixou Brasília ontem (domingo) e foi trabalhar no mundo real, em São Paulo, acompanhando a votação. Muita gente perto das seções de votação.

Debates na calçada. É bom que o eleitorado discuta. Por essa razão, talvez tenha sido menos pior do que parecia essa consulta popular com cara de inútil.

E como bem escreveu Fábio Konder Comparato, a democracia direta é um dos passos para se construir uma verdadeira República.

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