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Software facilita adesão ao Supersimples

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Jornal O POVO

Impostos menores, unificados e cobrados em cima do faturamento, como prevê o capítulo tributário da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que entra em vigor no dia 1º de julho, vai fazer com que o negócio de Lucimar Nunes, 49, da Associação de Empreendedores do José Walter, vá para a formalidade. Ela, que produz confecções, diz que hoje, na informalidade, perde muitos clientes porque não emite nota fiscal. “Muita gente pensa que a gente é informal porque quer sonegar, mas não é isso, é pela impossibilidade de pagar os impostos”, afirma.

E para conhecer ainda mais as mudanças trazidas pela Lei Geral e pelo Supersimples, que unifica oito tributos, sendo seis federais (IRPJ, IPI, CSLL, Cofins, Pis/Pasep e INSS patronal), um estadual (ICMS) e um municipal (ISS) para micro e pequenas empresas com receita bruta anual de até R$ 2,4 milhões, Lucimar esteve ontem na sede do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae-CE) para assistir à apresentação do simulador do Supersimples. A ferramenta, criada pelo Sebrae em parceria com o Conselho Regional de Contabilidade (CRC) e o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Ceará (Sescap-CE), é um software que calcula e compara o valor a ser pago de impostos com e sem a adesão ao Supersimples.

“O microempresário coloca o ramo da atividade, informações sobre o faturamento e quanto paga hoje de tributos e o software mostra quanto ele vai passar a pagar se aderir ao Supersimples”, explica Antônio Elgmar Araújo, responsável pelo simulador no Sebrae. “O programa é uma garantia de que o cálculo vai estar certo e mostra ao empresário que vale a pena aderir ao Supersimples. Para ter acesso, o empresário deve procurar o Sebrae ou o contador da empresa”, acrescenta o vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRC, Eduardo Araújo de Azevedo.

Já o superintendente do Sebrae-CE, Carlos Cruz, diz que o simulador possibilita que o microempresário se enxergue. “Ele vai poder ver como é hoje e como vai ser. Queremos que o microempresário veja de perto a nova lei, que não resolve tudo, mas estimula o processo de melhoria até porque os ganhos vão ser de 10% a 40%, dependendo da atividade”. O superintendente também diz que as micro e as pequenas empresas ganharão mais um incentivo com a criação do Comitê Gestor da Micro e Pequena Empresa em parceria com a Prefeitura de Fortaleza. “Na próxima quarta, 25, teremos a nossa primeira reunião na Secretaria de Finanças, a exemplo do que já fazemos em parceria com a Secretaria de Turismo do Estado”, revela.

DICAS

Adesão
A adesão ao Supersimples deve ser feita de 1º a 31 de julho. Quem já for optante do Simples Federal migrará automaticamente para o Supersimples e os que não quiseram devem comunicar à Receita Federal.

Tabelas de tributação do Supersimples

Comércio: de 4% a 11,6%
Indústria: de 4,5% a 12,1%
Serviços: de 6% a 17,4% (para atividades que já podiam optar pelo Simples); de 4,5% a 16,85% (para novos grupos que poderão aderir ao Supersimples) e de 6% a 18,5% (para outra parte de novos grupos que inclui imobiliárias e escritórios de contabilidade).

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