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Sindicatos e governo mantêm impasse sobre mínimo

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Sindicalistas e governo se reúnem hoje, em Brasília, para tentar definir o novo valor do salário mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas. O impasse emperra as negociações. As lideranças sindicais anunciam que não vão aceitar a proposta de reajuste do mínimo para R$ 350 em maio, mais correção do IR em 7%. Já o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, alega que não fará “qualquer” tipo de acordo com as centrais e considera inviável a demanda dos sindicatos.
“O acordo só será feito se estiver em um patamar de equilíbrio e se tiver condições de ser absorvido no Orçamento”, declarou o ministro, que presidia a Central Única dos Trabalhadores (CUT) antes de intregrar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O sindicatos querem ancecipar para março o reajuste do salário mínimo de R$ 300 para R$ 350 e reivindicam a correção da tabela em pelo menos 8,5% – alguns exigem o percentual de 10%. As centrais aceitariam o adiamento para maio, porém apenas caso o mínimo subisse para R$ 360. O ministro de Relações Institucionais, Jaques Wagner, tem afirmado que o governo não vai antecipar o novo mínimo.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, afirmou que o governo retrocedeu em relação às negociações efetuadas em 2005. Seu correspondente na Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, prometeu oposição ao governo se o mesmo não aceitar as demandas.

Caso o Planalto aceite a demanda de R$ 350 em março, a antecipação de dois meses do pagamento custará aos cofres públicos mais R$ 2,1 bilhões, somados aos R$ 4,6 bilhões previstos se o aumento ocorrer em maio. No caso da tabela do IR, a correção em 7% representaria uma renúncia fiscal de R$ 900 milhões para o governo federal e de R$ 800 milhões para Estados e municípios.

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