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Rejeição crescente é o dado que mais preocupa governo

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Da pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem, o dado que mais preocupou a articulação política do governo foi o da rejeição. A pesquisa mostrou que 46,7% dos dois mil entrevistados não votariam em Lula se as eleições ocorressem hoje. O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, explica porque: “Quando um político tem 35% de rejeição, está no jogo. Quando passa dos 40%, nunca vimos alguém se eleger. Próximo dos 50%, é praticamente inviável”. A análise de Guedes é matemática, baseada no índice histórico de 20% de votos brancos, nulos e abstenções. Com isso, sobrariam 80% de votos válidos, divididos por dois candidatos em um eventual segundo turno.

A pesquisa mostra que esta rejeição foi fortemente impactada pelas denúncias de corrupção que atingem o governo. Já estão empatados, em torno dos 40%, os segmentos da população que acreditam no envolvimento pessoal do presidente em corrupção e aqueles que não acreditam. De cada 10 entrevistados, sete acreditam que as denúncias podem afetar sua reeleição.

A aprovação à política econômica ficou inalterada em relação a setembro e ainda é maior o percentual daqueles que a acham inadequada (57%) em relação aos que aprovam o ajuste fiscal (35%).

Todo esse cenário leva a um desfecho inevitável: a situação de Lula em confrontos simulados de 2006 começa a ficar complicada. O petista já não tem fôlego para vencer, no primeiro turno, nenhum adversário. E perderia no segundo turno para o prefeito de São Paulo, José Serra. A derrota, no entanto, ainda se daria dentro da margem de erro, de três pontos percentuais, para cima e para baixo.

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