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Reformas expandem crédito para empresas

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Janes Rocha De São Paulo

As reformas microeconômicas aprovadas nos últimos anos estão ajudando a acelerar a concessão de crédito às empresas. Segundo o Banco Central, os empréstimos para empresas concedidos pelo sistema financeiro em todas as suas modalidades totalizaram R$ 72,8 bilhões em setembro, com uma expansão de 18% em 12 meses. Em parte, essa tendência explica-se pelo ritmo mais forte da economia. Mas também a criação da Central de Risco do Banco Central, a Lei das Sociedades Anônimas e a aprovação da nova lei de Falências estão aumentando a disposição dos bancos em emprestar para as companhias, como resume Adriano Pitoli, da Consultoria Tendências.

No caso dos empréstimos para pequenas e médias empresas, a medida mais importante foi a Central de Risco, um banco de dados disponível para os bancos que mostra a posição de endividamento de pessoas e empresas no momento da consulta, com apenas um ou dois meses de defasagem. Com isso, os bancos conseguem reduzir o risco de emprestar às empresas menores, que não têm balanço ou auditoria. “A Central facilitou muito a avaliação do crédito, porque você sabe a situação de endividamento dos clientes perante todo o sistema financeiro”, disse Bernard Mencier, presidente do BNP Paribas no país.

Segundo especialistas, a nova Lei de Falências ainda não teve impacto no mercado porque estão começando as primeiras negociações com os credores. Como relataram executivos de bancos, ainda não foi testada na prática. Mas o Banco Real, por exemplo, já adaptou seus contratos às novas regras. Outra medida que ajudou a acelerar os empréstimos foi a reformulação do Sistema Financeiro da Habitação. A Lei nº 10.931 é apontada pelas instituições de crédito imobiliário como a grande promessa para que no Brasil, finalmente, haja financiamento para a compra de imóveis.

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