Prefeitos identificam seu papel na implementação da Lei Geral
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A nova legislação pode ser ferramenta de desenvolvimento, mas depende da iniciativa de lideranças locais para sair do papel
Eliza Caetano
“Os benefícios não irão quebrar prefeituras. Pelo contrário, não há mecanismo melhor para desenvolver pequenos municípios que a Lei Geral”, afirmou Spínola. Ele argumenta que a criação de um ambiente competitivo para as pequenas empresas rende empregos, salários, consumo e impostos que ficam no município. “Hoje 67,6% da renda declarada das empresas vem de apenas 3,7 mil negócios. A receita de 2,5 milhões de empresas significa 16,7%. Por isso é errado pensar que a proposta irá reduzir drasticamente as arrecadações”, afirma o consultor.
Ele ressalta que a legislação consolida o pacto federativo. “É a primeira vez no Brasil que a União, os estados e os municípios caminham juntos em uma política de apoio à pequena empresa”, afirmou o consultor de políticas públicas do Sebrae. Ana Paula Mendonça, da Associação Mineira de Municípios, concorda. “Todos temos problemas de desenvolvimento e até agora temos criado políticas solitárias. As informações abrirão outro caminho”, observa.
André Spínola acredita que o desenvolvimento precisa se basear nos pequenos negócios. “Se 71,7% dos municípios brasileiros têm menos de 20 mil habitantes, não há grande empresa para todos. Por isso, principalmente as cidades menores têm de fomentar as pequenas empresas”, explica.
Problemas como a concorrência predatória, o alto custo da formalização e a mortalidade precoce das empresas foram mostrados aos prefeitos e vereadores. “Precisamos fazer valer a pena a formalização”, diz André. Os prefeitos também receberam o Manual do Prefeito Empreendedor, publicação do Sebrae que, este ano, dá orientações detalhadas sobre a implementação da Lei.
As novidades em compras governamentais também foram esclarecidas pelo consultor. As micro e pequenas empresas terão preferência nas licitações públicas de até R$ 80 mil. O porte do negócio também serve de critério de desempate em caso de diferença de preços de até 10% e 25% das cotas de compras podem ser exclusivas dos pequenos. “Dessa forma, indiretamente, o prefeito estimula que as empresas locais tenham preferência”, argumenta André.
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