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Preços no atacado caem e puxam IGP-M para -0,16%

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Segundo a FGV, queda do índice alcançou a menor taxa para uma primeira prévia desde abril do ano passado, quando a retração atingiu -0,43%

Alessandra Saraiva

A primeira prévia do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) de abril caiu 0,16%, ante aumento de 0,19% em igual prévia em março, segundo informação divulgada nesta quinta-feira, 12, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam um resultado entre variação zero a 0,22%, e abaixo da mediana das expectativas (0,10%).

Segundo a FGV, essa foi a menor taxa para uma primeira prévia desde abril do ano passado, quando a taxa da primeira prévia caiu 0,43%.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a primeira prévia do IGP-M de abril. O Índice de Preços por Atacado (IPA), que representa 60% do total do IGP-M, teve queda de 0,37% na prévia, ante elevação de 0,18% na primeira prévia de março. A taxa também registrou o menor dado desde abril de 2006, quando a queda foi de 0,69%.

Segundo a FGV, na avaliação de preços por produtos, as altas mais expressivas no atacado, no âmbito da primeira prévia do IGP-M de abril, foram registradas em arroz em casca (8,54%); álcool etílico hidratado (2,62%) e ovos (4,31%). Já as mais expressivas quedas de preço no atacado foram apuradas em laranja (-16,44%); aves (-9,89%); e soja em grão (-2,24%).

Consumidor

Por sua vez, o Índice Preços ao Consumidor (IPC), que tem 30% de participação no IGP-M, registrou alta de 0,15% na primeira prévia de abril, ante avanço de 0,18% em igual prévia em março.

Segundo a FGV, a desaceleração foi impulsionada pela perda de força na elevação de preços do grupo alimentação (de 0,65% para 0,12%).

Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC, três registraram queda ou desaceleração de preços no mesmo período. Além de alimentação, é o caso de despesas diversas (de 0,30% para 0,23%) e educação, leitura e recreação (de 0,27% para -0,22%).

Os outros grupos apresentaram aceleração ou fim de deflação de preços, como habitação (de 0,07% para 0,20%); vestuário (de -1,72% para 0,17%); saúde e cuidados pessoais (de 0,32% para 0,40%); e transportes (de -0,05% para 0,10%).

Construção Civil

Já o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representa 10% do total do IGP-M, teve elevação de 0,43% na primeira prévia de abril, ante aumento de 0,25% na primeira prévia de março. Na trajetória contrária a dos outros indicadores, a prévia do INCC registrou a maior taxa desde agosto do ano passado, quando a taxa subiu 0,51%.

De acordo com a fundação, a aceleração foi influenciada por aumento de preços mais intenso no segmento de mão-de-obra (de variação zero para alta de 0,62%) no período.

Até a primeira prévia de abril, o IGP-M acumula elevações de 0,95% no ano e de 4,54% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo da primeira prévia do IGP-M de abril foi do dia 21 a 31 de março.

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