Ministro: redução do IPI pode continuar depois de setembro
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Fonte: Agência Brasil
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou nesta segunda-feira que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros, eletrodomésticos e materiais de construção pode continuar em vigor, caso haja necessidade.
"Nada é imutável. Este governo é flexível e está acompanhando de perto o que acontecerá com a economia a partir de outubro, quando o imposto começa a ser cobrado como era antes", disse, durante visita ao bairro do Brás, em São Paulo.
Segundo o ministro, o crédito aumentou para o consumidor final, o que deve continuar aquecendo a economia. "Não temos mais problemas de crédito e isso deve ser levado em conta. Estamos atentos à avaliação das montadoras, mas não acreditamos que haverá desemprego", disse.
Durante o evento com lojistas do Brás, Miguel Jorge falou, ainda, sobre a importância de o sistema financeiro estar apto para conhecer as necessidades de micro, pequenos e médios empreendedores para estimular o setor. "Os bancos, com excessão do Banco do Nordeste, não têm experiência em atender estes empreendedores. O crédito tem que chegar também aos menores", ressaltou.
Miguel Jorge afirmou que o ministério está empenhado em ajudar o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) a chegar em todos os locais do País para fornecer capacitação aos empreendedores. "O Sebrae tem participação importante na queda da mortalidade de empresas, por isso estamos investindo para que cada vez mais cidades recebam o Sebrae", completou.
O ministro observou que a maioria dos micro e pequenos empresários não são legalizados e uma das prioridades de sua pasta é regularizar a situação deles. Atualmente, segundo Miguel Jorge, o governo contabiliza 20.672 pequenos empreendedores legalizados.
De acordo com ele, em São Paulo, 7.832 estabelecimentos tiveram sua situação regularizada até 11 de setembro de 2009. "Este é um procedimento rápido e online para facilitar a legalização."
A redução do IPI para os três setores (automobilístico, construção civil e produtos da linha branca) foi uma medida adotada pelo governo, no final de 2008, para que a economia brasileira tivesse meios de reagir aos efeitos da crise financeira internacional.