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Megabancas viram empresas e sonham poder abrir capital

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Cristine Prestes De São Paulo

Grandes escritórios de advocacia do país, estruturas crescentes com mais de 800 funcionários e quase 70 sócios, estão adotando os modelos de gestão utilizados por seus clientes. As “megabancas” se assemelham hoje a verdadeiras empresas e contam com assembléia de sócios, comitê gestor e CEOs que gerenciam a rotina dos escritórios. Algumas investem em técnicas de governança corporativa para garantir maior transparência perante os clientes e já pensam em um eventual cenário de abertura de capital – hoje proibida por lei aos escritórios de advocacia.

As inovações na gestão dos escritórios tiveram início durante a década de 90, auge do crescimento das bancas. O Veirano Advogados, com faturamento de R$ 100 milhões no ano passado, já se prepara para uma abertura de capital a longo prazo. O escritório, com 250 advogados e um total de 700 funcionários, contratou uma consultoria para desenhar a nova organização da empresa. O resultado é um formato de administração que está sendo concluído neste mês e que inclui plenária de sócios, conselho de administração, comitê gestor e um conselho consultivo de notáveis, com nomes como o do ex-embaixador do Brasil em Washington Rubens Barbosa.

O Tozzini, Freire, Teixeira e Silva Advogados, com 49 sócios e 1.040 funcionários em sete capitais brasileiras, possui um comitê executivo formado por seis sócios que define as diretrizes da banca e as metas a serem cumpridas pelo CEO da empresa. O Pinheiro Neto Advogados, outra megabanca com 69 sócios e 1.100 funcionários, já tem seu balanço auditado pela Ernst & Young.