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Lula quer canal permanente de negociação entre o governo, empresários e trabalhadores

Publicado em:

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (1º) em seu programa de rádio, o Café com o Presidente, que criará o Conselho Nacional de Relações do Trabalho, que será um canal permanente de negociação entre o governo, empresários e trabalhadores. Ele também afirmou que enviará ao Congresso Nacional um projeto de lei para reconhecer a legitimidade das centrais sindicais.

Lula contou que pretende enviar ao Congresso uma proposta para ratificar a Convenção 151 da Organização Mundial do Trabalho, que permitirá a implantação da negociação coletiva no setor público e regulamentar o direito de greve. Outro projeto de lei que ele pretende levar adiante é a regulamentação das cooperativas de trabalho.

O presidente comentou o aumento do poder de compra do salário mínimo. Segundo ele, o trabalhador hoje compra 2,2 cestas básicas com o salário mínimo e antes só conseguia o equivalente a 1,3 cesta. Neste mês, o salário mínimo já está valendo R$ 350. Ao finalizar o programa, Lula cumprimentou os trabalhadores de todo o país pela passagem do 1º de Maio.

As conquistas do trabalhador brasileiro também foram o assunto de pronunciamento do presidente Lula na noite de ontem (30). Segundo ele, nos últimos três anos, só no setor privado foram gerados mais de 4 milhões de empregos com carteira assinada. O presidente destacou o aumento do emprego, da massa salarial, do salário mínimo, do microcrédito e da poupança interna.

Lula também chamou atenção para a auto-suficiência em petróleo. De acordo com ele, “ninguém é mais responsável por ela [a auto-suficiência em petróleo] do que o trabalhador brasileiro, que a construiu de forma heróica, em mais de meio século.”

Ele disse que a auto-suficiência vai permitir ao Brasil ficar livre de crises de abastecimento e oscilações agudas no preço do petróleo, bem como ajudará a aumentar as reservas do país e a economizar recursos para melhorar a vida da população.

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