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Juro do cheque especial corporativo sobe 17 pontos percentuais, a 347,2%

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DCI

 

 

 

 

 

A alta veio por conta do maior risco, característico na modalidade, e pelo maior uso pelas micro e pequenas empresas que, com difícil acesso ao mercado, recorrem à linha como alternativa

O juro do cheque especial para empresas foi a 347,2% ao ano em janeiro, uma alta de 17 pontos percentuais em relação a igual mês de 2018 (330,2% a.a.). Considerados emergenciais, esses recursos são mais voltados para micro, pequenos e médios negócios.

As concessões dessa modalidade atingiram, em janeiro, R$ 19 bilhões, um aumento de 6,3% ante igual mês de 2018 (R$ 17,876 bilhões). A inadimplência da linha, ao mesmo tempo, registraram uma queda de 1,5 ponto percentual (p.p.) na mesma relação, de 16,6% para 15,1%.

Para o assessor econômico da Federação de Comércio de Bens Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) Guilherme Dietze, as micro e pequenas empresas, que têm maior dificuldade no acesso ao crédito, acabam utilizando esse tipo de linha com maior frequência.

“Como essas empresas não conseguem mostrar grandes garantias, o acesso é mais complicado e, quando acontece, o volume é pequeno e há várias restrições trazidas pelos juros. E como os bancos têm aversão ao risco, isso acaba refletindo nesses números”, comenta Dietze.

De acordo com o professor de economia do (Ibmec) São Paulo, Walter Franco, porém, o mercado total de crédito para pessoas jurídicas ainda está “bem abaixo do esperado”.

“Há um potencial represado de crescimento que depende muito da retomada da atividade econômica. As empresas só estão tomando recursos para segurar a situação atual e, no curto e médio prazo, a expansão dos financiamentos ainda será muito devagar”, afirma.

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