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João Pessoa discute ações para a caprinocultura no Nordeste

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Uma das metas do Projeto Aprisco, desenvolvido pelo Sebrae, é aumentar a participação dos pequenos produtores no mercado nacional

João Pessoa – Representantes de projetos de apoio à caprinovinocultura do Sebrae em todo o Nordeste estão reunidos até esta sexta-feira, dia 30, no Hotel Imperial, em João Pessoa, definindo ações para o setor.

Na pauta das discussões, a adoção de estratégias conjuntas nos estados de fortalecimento da cadeia produtiva da caprinovinocultura e de acesso ao mercado privado pelos pequenos produtores. Outro ponto é a diversificação dos produtos e melhoria dos canais de distribuição.

Ao término do encontro, iniciado na quinta-feira, 29, será elaborado um roteiro de ações estratégicas para o Projeto Aprisco, responsável por articular parcerias junto ao Sebrae pelo desenvolvimento da atividade. Participam da reunião os gestores de projetos no Nordeste que analisam dados do setor e a participação desse setor na região e no cenário nacional. Hoje, o Nordeste detém 90% do rebanho caprino e quase 50% do rebanho ovino no País.

"A meta é traçar ações conjuntas entre os estados, a fim de reduzir a duplicidade de esforços, em um trabalho mais estratégico", disse Ênio Queijada, coordenador nacional do Projeto Aprisco. De acordo com ele, apesar da importância do Nordeste no cenário nacional, existem ainda muitos entraves.

"Há necessidade de maior integração. Enquanto existem abatedouros ociosos, em outros lugares o animal é vendido vivo para frigoríficos, abatedouros e laticínio do Centro-Oeste e Sudeste. Com isso, o produtor recebe a menor parte dos lucros que acaba por parar nestas regiões. Estima-se que o animal, após tratado, alcance quatro vezes o valor dele vivo", apontou.

Diferenças

Na Paraíba, a produção de leite de cabra é um dos destaques no Nordeste e envolve 32 associações no Cariri, Sertão e Curimataú. Juntas, elas possuem mais de 50 mil cabeças e produzem 13 mil litros de leite por dia, equivalente a cerca de 70% do leite de cabra produzido no Estado.

No entanto, segundo afirma Arthur Almeida, consultor do Sebrae na Paraíba, o beneficiamento e comercialização da carne do animal ainda são pequenos, com a necessidade de mais ações.

Em uma outra realidade, Auxiliadora Vasconcelos, coordenadora dos projetos de caprinovinocultura em Pernambuco, disse que o forte do Estado é a venda da carne. Porém, diz ela, ainda existem muitos abatedouros irregulares e a produção leiteira ainda está na fase inicial.

Segundo Luiz Alberto Amorim, diretor de Administração e Finanças do Sebrae na Paraíba, o órgão soma esforços entre a suas unidades na definição de uma visão estratégica de longo prazo para caprinovinocultura. "Hoje, estamos definindo linhas de ação não para amanhã, mas para serem adotadas no mínimo nos próximos três anos, na construção da sustentabilidade do setor", diz.

Além do leite, a carne

Uma das referências no Nordeste na produção de leite caprina, a Paraíba desponta agora também para o aumento de sua capacidade técnica e produtiva no segmento de carne. No Estado, dois abatedouros foram instalados, um no Cariri e outro no Agreste, com capacidade de abate/dia de 100 animais, inclusive com o Serviço de Inspeção Federal (SIF), que permite a comercialização dos produtos além dos próprios estados.

Além de intensificar os esforços na área leiteira, com a ascensão ao mercado privado, a produção de carne também será priorizada como produto a ser trabalhado na cadeia produtiva da caprinocultura.

Serviço:
Sebrae na Paraíba – (83) 3218-1000

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