Investimentos: como aplicar seu dinheiro
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Ações, fundo de investimentos, CDB/RDB e poupança deverão trilhar novamente as melhores rentabilidades em 2008, respeitando os diferentes tipos de perfis. A boa novidade para o mercado financeiro, antes mesmo de iniciar o ano-novo, foi o fim da CPMF, que deixará os investimentos mais rentáveis, apesar de o percentual (0,38%) parecer pequeno à primeira vista. Há várias formas de você investir o dinheiro, comprar um imóvel, aplicar em títulos de renda fixa ou em ações são alguns exemplos, mas um aspecto importante é definir qual a meta de rentabilidade para a aplicação, mas como todo mercado financeiro o risco é inerente a qualquer investimento.
Os consultores financeiros desmistificam o mercado financeiro ao observar que o melhor investimento nem sempre é aquele que terá maior rentabilidade, mas o que se encaixa no perfil do cliente. Ou seja: que dá tranqüilidade ao investidor, que não coloca em risco a saúde financeira da família e ainda financia os objetivos estabelecidos naquele ano. O consultor financeiro Cláudio Rocha ensina que, para encontrar este investimento, precisará primeiro fazer a lição de casa, ou seja, conhecer a si mesmo como investidor e seus objetivos. Por isso, antes de escolher qualquer aplicação, busque informações, leia sobre o assunto, adquira familiaridade com siglas e conceitos. O importante é entender que não existe a melhor opção, mas a mais adequada às suas necessidades e expectativas.
A partir de três critérios, chamados “tripé do investidor” – rentabilidade, segurança e liquidez -, Cláudio Rocha analisa cada uma das aplicações e define qual se aproxima do perfil do investidor (conservador, moderado ou agressivo).
Segundo o consultor, aplicar na Bolsa de Valores não tem muita segurança. “Como é uma aplicação de risco, a bolsa não garante nada a ninguém, mas no mercado financeiro há uma referência: quanto maior o risco, maior a rentabilidade”, frisa. Já a liquidez da bolsa – a facilidade com que um bem ou título que pode ser convertido em dinheiro – “é duvidosa, pois depende da ação e se naquele momento ela está em baixa ou em alta” enquanto a rentabilidade “é potencialmente alta a longo prazo, basta observar qual bolsa foi a campeã dos investimentos no ano”.
Já aplicação mais tradicional do País, a caderneta de poupança, tem uma rentabilidade baixa em relação aos outros investimentos, mas é relativamente segura. Depende apenas da solidez do banco.
Normalmente, se faz poupança em bancos oficiais (Caixa e BB) e em bancos privados mais sólidos, a exemplo do Bradesco e Itaú.
Entretanto, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) aumenta a segurança do aplicador na hipótese de quebradeira de um banco. Independente da situação do banco, o FGC assegura a restituição de pelo menos R$ 60 mil. Caso a conta seja conjunta (cônjuge) não importando o regime de bens do casamento, o crédito do valor garantido será efetuado de forma individual. Ou seja, poderá aumentar para R$ 120 mil, evidentemente respeitando o saldo dos poupadores. No critério de liquidez, a poupança é uma das melhores com o resgate imediato do dinheiro sem perdas substanciais da rentabilidade.
Já quem vai investir no mercado imobiliário com a finalidade de alugar terá que saber que o valor do aluguel está situado entre 0,6% a 0,8% do valor do imóvel. Um imóvel de R$ 50 mil, por exemplo, um aluguel fica em torno de R$ 300 a R$ 350. Ou seja, no critério de rentabilidade, diz Cláudio, é potencialmente baixo (0,6% a 0,8%) enquanto tem muita segurança, que é o aspecto mais forte. Já no critério liquidez é o pior. “Para vender um imóvel com um preço equivalente é muito difícil. Transformar em dinheiro, com rapidez e rentabilidade um imóvel, é mais difícil ainda”, explica.