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Invasão de equipamentos chineses assusta indústria

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Depois de calçados, brinquedos, eletroeletrônicos e vários produtos de consumo, começam a chegar ao mercado brasileiro máquinas e equipamentos chineses em quantidades que tiram o sono dos industriais do país. Fabricados em série ou sob encomenda, esses equipamentos não exigem tecnologia de ponta e poderiam ser feitos no Brasil, mas o produto chinês custa até 50% mais barato. A diferença de preço se deve a três fatores: real valorizado, yuan desvalorizado e subsídio chinês às exportações.

De janeiro a novembro de 2005, as importações de equipamentos chineses somaram US$ 234 milhões e cresceram 96,5% em comparação com 2004. Essas cifras devem, pelo menos, dobrar novamente neste ano. Só o pedido do grupo Gerdau à Minmetals envolve importação de US$ 242 milhões em bens e instalações para a Açominas. “Essa encomenda é suficiente para manter uma fábrica em funcionamento por dois anos, com 800 empregados”, diz Newton de Mello, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Comprados no Brasil, custariam o equivalente a US$ 400 milhões.

Para conter o avanço chinês, os fabricantes nacionais de máquinas injetoras de plástico e de macacos hidráulicos pretendem entrar com um pedido de salvaguardas na Camex. A Abimaq já reúne documentos para sustentar o pedido. As máquinas injetoras de plástico chinesas já tomam 35% do mercado nacional. O BNDES deve aprovar ainda neste trimestre linha de financiamento para fabricantes nacionais com custos equiparados aos internacionais.

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