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Inadimplência bate recorde e 50% dos endividados têm dívidas até R$ 1 mil

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Portal Contábeis

Confira dicas para sair da inadimplência ainda em 2022 e começar o próximo ano com a conta positiva.

A inadimplência bateu novo recorde em setembro deste ano e atingiu 64,25 milhões de pessoas no país, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Atualmente, quase metade das pessoas com nome sujo (48,87%) têm dívidas de até R$ 1.000, enquanto 12,23% têm valores acima de R$ 7.500 pendentes.

Especialistas ouvidos pelo UOL afirmam que é possível pagar as contas em aberto de maneira responsável e evitar que esse problema se torne uma bola de neve.

Reconhecer a raiz do problema é uma das principais dicas sobre o tema, segundo a educadora financeira Teresa Tayra. Para ela, existem três pontos essenciais para entender a origem de uma dívida: gastar mais do que o bolso permite; o pensamento comum de comprar primeiro e depois economizar para pagar, e não o inverso; e a falta de uma reserva financeira para cobrir imprevistos.

A especialista avalia que responder a cada um desses tópicos ajuda o inadimplente a compreender melhor a causa do problema, de modo a estancar o sangramento e evitar cair em armadilhas futuras.

Pagar bancos ou pagar contas de casa

A pesquisa da CNDL e do SPC Brasil também aponta que as dívidas com bancos são a principal dor de cabeça do brasileiro, com 61,18% dos débitos. Água e luz têm peso menor, de 10,51%.

A especialista em finanças da CNDL, Merula Borges, afirma que nem todo mundo que está com mais de uma conta vencida pode pagar tudo de uma vez. Ela diz que resolver as pendências com bancos é o passo mais importante por causa dos juros que se acumulam mês a mês.

Segundo Borges, o pagamento do valor mínimo da fatura é uma forma de prolongar a dívida, justamente pelas taxas altas, e deve ser feito apenas em último caso. Já o uso do cheque especial, cujos juros são ainda maiores, nem deve ser cogitado, diz a especialista.

Teresa Tayra declara que o inadimplente pode fazer uma lista das dívidas pendentes e medir o peso de cada débito. Além dos juros do cartão, ela lembra que pagar um boleto de água ou luz evitaria uma situação muito complicada de corte por falta de pagamento.

Quando buscar renda extra

Quando o assunto é ganhar apenas um salário mínimo mas a dívida já chegou a R$ 1.000, as especialistas consultadas têm uma resposta imediata para essa pergunta: ter uma renda extra.

Tanto Tayra quanto Borges dizem que essa é a melhor forma de pagar uma dívida por duas razões. A primeira delas é porque fazer um bico descarta qualquer ligação de pedido de crédito com instituições financeiras, ou seja, não há soma de juros ao mês.

A segunda é que buscar um trabalho em uma área de seu interesse (confeitaria, construção ou vendas, por exemplo) pode até fazer com que essa atividade venha a se tornar uma fonte de renda frequente.

Venda de bens para acerto das dívidas

Quando questionadas pelo Uol se seria recomendável vender algum pertence para pagar dívidas, elas afirmam que essa alternativa sempre deve ser levada em consideração.

Segundo as especialistas, o devedor inadimplente pode fazer uma varredura em casa para buscar objetos que estão parados há muito tempo ou que têm pouca utilidade no dia a dia.

O valor levantado na venda, dependendo do item, pode ser usado para pagar uma parte da dívida ou até mesmo quitá-la.

Quando recorrer aos bancos

Ir a um banco para solicitar crédito geralmente é a primeira ideia que um inadimplente tem, mas deveria ser a última delas, segundo as especialistas em finanças.

Elas declaram que as taxas de juros mensais não são atrativas para o bolso do cliente, e criam a possibilidade de gerar uma nova dívida com o banco. Teresa Tayra diz que a pessoa com nome sujo tem que avaliar se a parcela cobrada cabe ou não no orçamento atual.

Mesmo se a resposta for positiva, Merula Borges afirma que a melhor saída é buscar um trabalho temporário para ter uma renda a mais no fim do mês.

Com informações UOL Economia

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