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Governo ameaça intervir caso preço do álcool continue em alta

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Fonte: INVERTIA

O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, afirmou nesta sexta-feira que o governo poderá intervir no mercado caso os preços do álcool subam de forma descontrolada, como vem acontecendo nos postos de gasolina do País. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou um acompanhamento no setor. Caso haja alta excessiva, poderá rever o percentual da mistura do álcool na gasolina.

“Não há justificativa para reajustes substanciais no preço do álcool. Os estoques de hoje são da ordem de 5 bilhões de litros de álcool e o consumo brasileiro está na faixa de 1 bilhão por mês e a safra começa em meados de abril. Temos álcool mais do que suficiente para chegar ao fim da entressafra, ou seja, não há justificativa para aumentos significativas”, afirmou o ministro.

Atualmente, a gasolina vendida aos consumidores tem 23% de álcool anidro, usado especialmente nessa adição. Se os preços continuarem em alta, o ministro disse que será convocado o Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (Cima) para reavaliar o percentual. “Se por ventura esse preços extrapolarem as nossas expectativas, a determinação de Lula é que façamos uma reunião com o conselho ministerial e façamos uma revisão no índice de mistura”, disse.

O ministro, no entanto, atenuou a situação, ao alegar que a variação de preço verificada nesta época está dentro dos parâmetros normais devido à entressafra de cana-de-açúcar, que acarreta em menor oferta do produto. Desta forma, o álcool sobe de preço.

“Esperamos que as cotações se mantenham conservadoras até meados de abril, quando começa a nova safra”, disse Guedes. Ele ressaltou ainda que os estoques de álcool na região Centro-Sul estão em níveis bastante confortáveis.

Apesar disso, o ministro disse que não há justificativas no mercado para aumentos elevados nos preços, se levado em consideração o atual quadro de oferta e demanda.

“Começamos o ano com um estoque de passagem de 4,78 bilhões de litros e temos uma previsão de chegar no início da safra com cerca de 500 milhões de litros. Isso nos permite afirmar que temos um volume muito confortável para atender o consumo, sem qualquer tensão na regularidade do abastecimento”, detalhou.

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