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Formalização com a implantação da Lei Geral atrai o sistema financeiro

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Agência SEBRAE de Notícias

Conhecer melhor um ao outro. Esse é o caminho para reduzir a distância entre o sistema financeiro e as micro e pequenas empresas. "Com advento da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa espera-se, no período de 12 a 24 meses após a sua vigência, a formalização de cerca de um milhão de empresas", explica Alexandre Guerra, gerente da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae Nacional.

A afirmação foi feita durante participação na conferência Serviços Financeiros para a Baixa Renda, promovida pela Internacional Quality e Productivily Center (IQPC) na capital paulista. Alexandre foi convidado para o painel Setores públicos e privado: definindo estratégias para atuar em conjunto no fomento do crédito para a baixa renda e também apresentou a palestra Analisando o impacto do setor informal na intermediação financeira, realizados nesta terça (15). O evento foi dirigido aos profissionais do setor financeiro.

"Hoje os pequenos negócios são desconhecidos do sistema financeiro e não recebem um atendimento adequado às suas condições específicas", explica Alexandre. "Por outro lado, os bancos precisam atuar com maior transparência e buscar oferecer soluções mais adequadas ao segmento". Para o gerente do Sebrae, o que está muito claro é que esse segmento é uma grande oportunidade, um gigante a ser conhecido pelo sistema financeiro.

A informalidade dos micro e pequenos é motivo de preocupação para os bancos. "A Lei Geral vai transformar esse cenário, ao trazer para a formalidade cerca de um milhão de empresas", diz Alexandre.

Esforços de aproximação

O gerente do Sebrae aposta na união de esforços entre instituições financeiras e pequenos empresários para garantir ao segmento empresarial de menor porte a ampliação do acesso e redução de custos do crédito e demais serviços financeiros.

"O sistema financeiro brasileiro é forte, eficiente, porém ainda inalcançável para uma parcela expressiva da população brasileira e dos pequenos negócios", diz Alexandre. A relação entre volume de crédito concedido e PIB está mudando para melhor, mas ainda é baixa. Era de 25% no início de 2003. É de 33% agora e tende a crescer ainda mais nos próximos anos.

As mudanças devem vir na esteira da forte expansão da oferta de produtos financeiros para as pessoas físicas. "No que se refere às empresas, a Lei Geral pode representar um grande salto qualitativo", completa. No Brasil, o faturamento dos pequenos negócios não corresponde à importância que têm em termos de geração de ocupação e renda, garantia que são de sobrevivência para 60% da população economicamente ativa.

São pequenas ou microempresas 98% dos empreendimentos formais com até dez funcionários, que respondem por apenas 16,7% da receita bruta. No pico da pirâmide, estão 10,1% das empresas respondendo por 67,5% da receita bruta. Nesse cenário, a Lei Geral representa uma oportunidade reconhecida por todos.

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