Exposição mostra ao consumidor o peso dos impostos nos produtos
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Na casa da dona de casa Vera Souza e Silva, no Méier, o almoço está pronto: hoje tem estrogonofe de frango e até um feijãozinho para acompanhar. “Sei que tem muito imposto, mas não sei o valor”, diz ela.
Para se ter uma idéia de quanto Dona Vera pagou de imposto na hora de comprar os ingredientes do almoço, convidamos o economista Francisco Barone para nos ajudar a tirar as dúvidas. No arroz, no frango, no creme de leite, na cebola, no bacon e na batata palha, os tributos representaram 15% do valor total da compra.
“A pessoa tem que se conscientizar de que ela não pode deixar de pagar os impostos. E para onde vão esses impostos? Eles vão financiar o governo. Sabendo quanto está pagando, o cidadão está mais próximo do seu governante e pode exigir dele, aproveitando a época das eleições municipais, que esses recursos sejam melhor utilizados”, explica o economista.
Na manhã desta segunda-feira, na Central do Brasil, alunos da Fundação Getúlio Vargas montaram uma mercearia. Em cada produto, a etiqueta mostra quanto o consumidor paga de imposto. As taxas variam de acordo com o tipo de mercadoria. Na maioria dos casos, são cobrados tributos federais como o IPI, Cofins e PIS. E também estaduais, como o ICMS.
Nos preços de remédios e material de limpeza, por exemplo, o imposto pode chegar a 30% do valor do produto. A cesta básica ficaria 17% mais barata sem os impostos.
Mas é bom lembrar que vem dos impostos o dinheiro que o governo aplica, por exemplo, em saúde e educação, além de pagar as contas públicas.