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Empresas informais geraram 13,8 milhões de empregos em 2003, segundo IBGE

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Em outubro de 2003, o Brasil contava com 10,335 milhões de empresas informais, responsáveis por 13,861 milhões de vagas no mercado de trabalho.

As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (24) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que, com o objetivo de atualizar as informações estatísticas sobre trabalho e rendimento no País, avaliou em 2003 o funcionamento e a capacidade de geração de postos de trabalho das pequenas unidades produtivas que fizeram parte do setor informal urbano no Brasil.

Minoria trabalhava com carteira assinada
Dentre as pessoas ocupadas no setor informal, 69% eram trabalhadores por conta própria, 10% empregadores, 10% empregados sem carteira assinada, 6% trabalhadores com carteira assinada e 5% não-remunerados. As estatísticas ficaram praticamente estáveis em relação aos dados do estudo anterior, realizado em 1997.

Entre os trabalhadores com carteira assinada, a maioria (43%) estava no ramo de comércio e reparação.

Homens predominavam em todas as categorias
Grande parte da mão-de-obra na maioria das categorias (64%) era masculina, com exceção do trabalho não-remunerado, que era 64% ocupado por mulheres.

Na categoria carteira assinada, 23% dos homens trabalhavam na indústria de transformação e extrativista. Entre as mulheres na mesma categoria, 34% trabalhavam na educação, saúde e serviços sociais.

Educação
De acordo com o levantamento, a maioria dos trabalhadores (36%) tinha o primeiro grau incompleto. No entanto, na comparação entre 1997 e 2003, houve um aumento no nível de educação dos empregados do setor informal, tanto entre os homens, como entre as mulheres.

Entre os homens, por exemplo, os trabalhadores com ensino fundamental incompleto passaram de quase 50% em 1997 para quase 40% em 2003, enquanto que os empregados com ensino médio completo subiram de pouco mais de 10% para quase 20% no mesmo período.

O ensino fundamental incompleto entre as mulheres caiu de quase 40%, em 97, para 30%, em 2003. Por outro lado, o ensino médio completo avançou de 20% para quase 30% no mesmo período.

Idade e jornada de trabalho
Com exceção dos proprietários, as pessoas ocupadas em 2003 se concentravam em dois grupos de idade: 18 a 24 anos (33%) e de 25 a 39 anos (36%). Os homens ocupavam os dois grupos de formas proporcionais, enquanto que as mulheres estavam, em sua maioria, no segundo grupo.

Com relação à jornada de trabalho, 67% do total trabalhou de 21 a 30 dias no mês e, entre estes, a maioria (44%) tinha jornada de 40 a 60 horas semanais. Em relação ao estudo anterior, houve uma queda de 14 pontos percentuais no número de pessoas que faziam essa jornada, e um recuo de 4 pontos percentuais entre aqueles que trabalhavam entre 40 e 60 horas por semana.

Rendimento médio registra queda
Segundo o estudo, o rendimento médio dos empregados das empresas informais era de R$ 363. Uma queda de 2,7% em relação ao rendimento médio registrado em 1997 (R$ 373).

As diferenças salariais variavam de acordo com o sexo – homens recebiam, em média, 10,6% a mais que as mulheres -, com o nível de educação, com exceção das pessoas com segundo grau incompleto, que recebiam menos que aqueles com apenas o primeiro grau, e com a idade – quanto mais velho o emprego, maior a renda, exceto para aqueles com mais de 60 anos.

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