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Em plena crise, Brasil ganha 7.000 novos milionários

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O TEMPO

 

 

 

 

 

Renda dos 20% mais ricos cresceu 10,8% neste ano; já a renda dos 20% mais pobres caiu 5%

São Paulo. Relatório da consultoria Capgemini sobre riqueza mundial mostra que em 2017, mesmo com a crise, o Brasil ganhou 7.000 novos milionários, com fortuna superior a US$ 1 milhão. Ainda de acordo com o estudo, o número cresceu 4,25%, na comparação com o ano anterior, ao passar de 164,5 mil pessoas para 171,5 mil pessoas, segundo informações do portal G1. É uma mostra da desigualdade social que só cresce no país, onde o rico fica cada vez mais rico e o pobre, cada vez mais pobre. Dados do primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), apontam que os 20% mais pobres tiveram queda real de 5% na renda média mensal, enquanto os 20% mais ricos tiveram aumento de 10,8%.

O levantamento da Capgemini considera os chamados HNWIs (High Net Worth Individuals, na sigla em inglês), que possuem patrimônio maior que US$ 1 milhão, excluindo moradia, artigos colecionáveis e bens de consumo duráveis. Somada, a riqueza desse grupo no Brasil atingiu nada menos do que US$ 4,5 trilhões no ano passado, uma elevação de 8,2% em relação a 2016. Apesar disso, o crescimento das fortunas brasileiras desacelerou no último ano. Entre 2015 e 2016, o patrimônio dos super-ricos havia subido mais, 12,7%.

O aumento das fortunas contrasta com o crescimento tímido da economia brasileira, que demora para se recuperar da recessão. O Produto Interno Bruto (PIB) saiu do vermelho em 2017, mas o crescimento foi de 1%. Vale lembrar que, em 2016, o PIB recuou 3%.

O crescimento robusto de milionários do Brasil puxou o número total de super-ricos na América Latina, segundo o estudo da Capgemini. O continente concentra 28% da riqueza dos milionários, embora responda por apenas 8% do número de indivíduos nessa condição.

Pelo mundo. Já em todo o mundo, a riqueza dos HNWIs ultrapassou, pela primeira vez, US$ 70 trilhões, com um avanço de 10,6%, chegando ao sexto ano seguido de ganhos acumulados em 2017. Foi o segundo ano de crescimento mais rápido desde 2011, ainda segundo o estudo. Os maiores mercados ainda são compostos por Estados Unidos, Japão, Alemanha e China, que representam 61,2% da população global de HNWIs em 2017 e no mundo.

A Ásia-Pacífico e a América do Norte representaram 74,9% do aumento global da população de super-ricos (elevação de 1,2 milhão) e 68,8% da alta da riqueza global dos HNWIs, de US$ 4,6 trilhões. A Europa cresceu 7,3% em riqueza desse grupo.

Uma outra pesquisa, da britânica Oxfam, divulgada em janeiro deste ano, mostra que cerca de 7 milhões de pessoas no mundo, que compõem o grupo do 1% mais rico, ficaram com 82% de toda riqueza global gerada em 2017.

Cinco têm renda de metade da população

São Paulo. No Brasil, cinco bilionários concentram patrimônio equivalente à renda da metade mais pobre da população do Brasil, mostrou um estudo divulgado em janeiro pela organização não governamental britânica Oxfam. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possuía 207,6 milhões de habitantes em 2017.

A lista é encabeçada por Jorge Paulo Lemann, sócio do fundo 3G Capital, que possui participações nas empresas AB InBev (bebidas), Burger King (fast-food) e Kraft Heinz (alimentos). Para fazer seus levantamentos, a ONG britânica de combate à pobreza usa dados sobre bilionários da revista “Forbes”, divulgados em agosto de 2017, e informações sobre a riqueza em escala global de relatórios do banco Credit Suisse.

No ano em que o mundo teve um acréscimo recorde de bilionários – um a cada dois dias –, o Brasil ganhou 12 novos integrantes. O grupo passou de 31 para 43 indivíduos em 2017.

Voltaram a ser bilionários executivos como Ana Maria Marcondes Penido Sant’Ana (acionista da CCR), João Alves de Queiroz Filho (Hypermarcas) e Rubens Ometto Silveira Mello (Cosan). As informações são do site G1.

Alento

Massa salarial. A massa de salários em circulação na economia cresceu R$ 4,366 bilhões no período de um ano, uma alta de 2,3% no trimestre encerrado em maio de 2018 em relação ao mesmo período de 2017, puxada pelo aumento no número de pessoas trabalhando. Esse crescimento é representado pelo crescimento dos trabalhadores informais.

 

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