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Crédito rápido e barato

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JORNAL DA TARDE

Conheça o banco mais eficiente e as menores taxas

FABIO LEITE E RODRIGO GALLO

A concorrência entre os bancos se acirra cada vez mais e as instituições financeiras têm investido na desburocratização dos processos de financiamento imobiliário para facilitar a liberação do dinheiro e baratear os custos para os consumidores. O Jornal da Tarde verificou quais são as empresas que cobram os juros mais baixos e quais as que concedem o dinheiro da casa própria mais rapidamente. Hoje, há taxas a partir de 7,72% ao ano, mas os interessados em comprar a casa própria devem ficar atentos a um detalhe: o banco que tem o menor porcentual não é o mais ágil na hora de liberar o dinheiro e fechar o contrato.

A reportagem fez simulações de crédito em nove bancos, tomando como base um financiamento de 70% do valor de um imóvel que custa R$ 100 mil, em 15 anos. No levantamento, o JT constatou que as taxas do HSBC são as mais baixas: 7,72% ao ano. Porém, o interessado em comprar a casa própria com recursos do banco acaba esperando cerca de 45 dias para conseguir a liberação do crédito.

Por outro lado, o Itaú é a empresa mais ágil na concessão do financiamento. O dinheiro sai em até 20 dias, em média. Contudo, a instituição financeira é apenas a quarta colocada no ranking das menores taxas. A empresa cobra taxas de 8% ao ano, mesmo porcentual praticado pelo Bradesco, mas, por conta de encargos e tarifas, a prestação mensal fica um pouco mais cara.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) de São Paulo, José Augusto Viana Neto, os prazos longos para a liberação do benefício são tratados como prioridade pelos bancos, pois as empresas têm necessidade de melhorar o fluxo de análise dos contratos. “Eles estão investindo na melhoria dos processos de análise, pois perdemos bons negócios por causa da demora”, afirmou.

Das nove instituições analisadas, o Banco do Brasil é o que apresenta o prazo mais longo para a concessão do crédito: são 90 dias de espera, em média. A taxa de juros praticada pelo banco também é a mais alta (10,49%), assim como o valor da prestação mensal (R$ 1.074,01).

O consumidor, contudo, deve tomar cuidado com as tabelas de juros adotadas pelos bancos. Algumas instituições elevam o porcentual depois do terceiro ano do financiamento, como o Santander Banespa, que cobra 7,95% nos primeiros 36 meses (a segunda menor), mas depois a eleva para 12%.

Em simulação feita com base nos mesmos critérios (financiamento de 70% em 180 meses), mas para compra de um imóvel no valor de R$ 80 mil, constatou-se que o ranking do valor das prestações mensais cobradas pelos bancos permaneceu inalterado.

O HSBC ainda lidera com parcelas de R$ 671,42, ante os R$ 681,70 cobrados pelo Santander Banespa, o segundo colocado. Já no Banco do Brasil a prestação chega a ser quase R$ 200 mais cara (R$ 862,70).

Para escolher o melhor financiamento, o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel de Oliveira, recomenda aos consumidores simulações em mais de um banco, sempre comparando as taxas de juros. “Cuidado, pois muitas vezes a taxa é baixa nos primeiros meses do contrato e fica mais alta depois. Os consumidores devem avaliar com calma.”

A maioria dos bancos oferece uma ferramenta em sua página na internet para fazer simulações de financiamento. Porém, as condições podem variar conforme a idade do comprador, a renda familiar e até mesmo o tempo de carteira assinada no emprego atual.

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