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Copom confirma conservadorismo e corta Selic em 0,75 ponto

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Ciesp considera corte “tímido”, mas mantém confiança de que a taxa básica de juros encerrará ano em um patamar “civilizado”

EXAME O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve sua postura conservadora e reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual – para 16,50% ao ano. A decisão dividiu os membros do Copom e mostrou que parte da diretoria do BC deseja aumentar o ritmo de queda dos juros. Seis membros votaram a favor do corte de 0,75 ponto, mas outros três votaram por uma redução maior, de 1 ponto.

O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) considerou a medida “tímida”, mas manifestou confiança de que os juros encerrem o ano em um patamar “civilizado”. “A redução da Selic, embora tímida, amplia a convicção de um cenário favorável ao investimento e às decisões de negócios, principalmente no segundo semestre de 2006, o que será importante para definir de que maneira o país caminhará em 2007”, afirmou, em nota, o diretor do departamento de economia da Ciesp, Boris Tabacof.

Já a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) classificou o corte de “insuficiente”. “Não se pode esquecer que cada 0,25 ponto percentual da Selic custa 2,5 bilhões de reais por ano ao país”, afirmou Abram Szajman, presidente da federação.

Para Szajman, não há explicações para que a taxa real de juros brasileira continue sendo a maior do mundo, mesmo após a estabilização da economia e a queda do risco-país. “Tudo muda, menos o conservadorismo do Copom”, disse. Segundo estimativas da consultoria GRC Visão, com o corte de hoje, o Brasil passa a contar com uma taxa real de juros de 11,6% ao ano, ainda a maior do planeta. Cingapura, a segunda do ranking, apresenta taxa de 7%, e a Turquia, terceira colocada, 5,2%.

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