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Contador ideal ajuda a gerir empresa

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Empresários descobrem no prestador de serviços uma boa fonte de aconselhamentos diversos

MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O empresário que restringe os serviços de seu contador apenas à formulação de balanços deve rever seus conceitos. Inovando na maneira de lidar com o cliente e oferecendo serviços diferenciados, esses profissionais podem dar novo gás ao estabelecimento.

As vantagens para o empresário que tem um relacionamento mais próximo com seu contador vão de um melhor planejamento de metas e de gastos a, inclusive, assessorias na área trabalhista.

Dona de uma loja da La Perla, do ramo de lingeries, Tatiana Monteiro de Barros conta sobre esse duplo auxílio nas partes contábil e trabalhista: “A burocracia [para importadores] é gigante. Meu contador me acompanhou em todas as etapas de abertura da empresa e me ajuda em contratos de funcionárias temporárias. Economizo um tempo precioso”.

Para o empresário, a interação freqüente com o contador ajuda a entender melhor sua empresa, como expõe Carlos Vieira, professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica): “Como esse profissional trabalha para muitas firmas, tem experiência e um olhar treinado para perceber pequenos erros de gestão, por exemplo”.

Insatisfeito com seu antigo contador, que não lhe “explicava os porquês das coisas”, o empreendedor Eduardo Guimarães partiu em busca do profissional “ideal”.

Hoje, Guimarães tem três empresas, todas com as cifras administradas pelo escritório Criativa. E confirma: “Fica muito mais fácil administrar as empresas quando se fazem reuniões mensais com o pessoal da contabilidade”.

Nada é perfeito

Nem todos, porém, tiveram a sorte de encontrar um contador sob medida para seu empreendimento. Muitos já foram prejudicados pela má-fé ou mesmo por confusão desses profissionais.

A autônoma Maura Raias passou por esse tipo de situação. Passados cinco meses da abertura do seu negócio, soube de seu contador que “o objeto social da firma não se encaixava no Simples”.

Mesmo com as despesas da nova abertura custeadas pelo contador, a autônoma ficou espantada: “Como pude emitir notas fiscais durante todo esse período se o objeto social estava errado?”

Outra que sofreu um desserviço desse tipo foi Conceição de Barros Ferreira, ex-dona de uma locadora de video games. A empresária lembra que sua contadora na época não repassava o dinheiro que recebia. “O ISS [Imposto Sobre Serviços] nunca havia sido pago.”

Ferreira descobriu os débitos com o município depois de pagar R$ 400 para a profissional fechar a empresa, o que também não foi feito. “Ela sumiu nessa época.”

Mesmo com tanta dor de cabeça, ela assume a sua parcela de responsabilidade: “Meu contador antigo cobrava o dobro do que ela. O barato saiu muito caro”.

Para se proteger de situações desse tipo, Sebastião Gonçalves dos Santos, presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo, sugere a procura por “um contador com referências sólidas e especialista no segmento da firma”. E adverte: “Às vezes, o empresário quer pagar menos, o que é perigoso, já que há muita gente ruim no mercado. Se houver dano, deve buscar compensação na Justiça

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