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Carga tributária gera informalidade

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A elevada carga tributária – que representa cerca de 36% do Produto Interno Bruto (PIB) do país – é um dos fatores que estimulam o comércio de artigos ilegais, sejam eles pirateados ou contrabandeados, segundo o gerente da Divisão de Pesquisas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Fernando Sasso. "Se não é oferecida uma vantagem, o comerciante não vai procurar se legalizar. Os impostos elevados acabam mantendo as pessoas na ilegalidade. Há estimativas que falam que cerca de 50% do comércio do país está fora do mercado formal", salientou.

Por meio dos camelôs ou dos shoppings populares, os produtos contrabandeados e piratas continuam sendo vendidos, o que foi constatado em recentes operações da Receita Federal do Brasil em Belo Horizonte.

Em junho deste ano, a Receita, em parceria com diversas instituições, realizou a Operação Cacique II, no Shopping Oiapoque, no centro de Belo Horizonte. Na oportunidade, dos 107 boxes visitados, 81 não apresentaram documentação comprovando a legalidade das mercadorias.

Apesar das operações da Receita, a venda de produtos ilegais continua atormentando os empresários estabelecidos legalmente. De acordo com levantamento da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) em parceria com o Instituo Ipsos, 42% dos brasileiros assumiram que compraram produtos piratas neste ano, mesmo percentual de 2006 e destacado pela pesquisa feita pela Fecomércio Minas em 2006. (JG)