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Brasil é o 7º país mais empreendedor do mundo, aponta pesquisa do GEM

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SÃO PAULO – Os brasileiros conquistaram novamente o sétimo lugar no ranking mundial de abertura de negócios, aponta a nova pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que mede as taxas do empreendedorismo mundial.

No Brasil, há cerca de 13 milhões de empreendedores iniciantes, o que representa 11,3% do total mundial. À frente do País estão Venezuela (25%), Tailândia (20,7%), Nova Zelândia (17,6%), Jamaica (17%), China (13,7%) e Estados Unidos (12,4%).

Entre os empreendedores estabelecidos, o Brasil ocupa o quinto lugar, com 10,1% do total. As primeiras posições ficam com a Tailândia (14,1%), China (13,2%), Nova Zelândia (10,8%) e Grécia (10,5 %).

O levantamento, feito em 37 países, foi divulgado nesta terça-feira (14) em Brasília. A principal novidade é a divisão entre empreendimentos iniciais (com até 3 anos e meio de vida) e empreendimentos estabelecidos (com mais de 3 anos e meio). No Brasil, foram entrevistados 2 mil empresários, entre 18 e 64 anos.

Sobrevivência dos empreendimentos
O estudo aponta que os empreendimentos brasileiros estão sobrevivendo mais à falência. Dos negócios estabelecidos, 60% têm entre 10 e 15 anos de existência. O resultado ainda indica que os empreendimentos com até 3 anos e meio de vida têm mais chances de sobrevivência nos países ricos.

Com isso, os países que mais se destacam neste quesito são Japão, Finlândia, Grécia, Suíça e Suécia. O Brasil fica apenas com o 14º lugar. No entanto, Estados Unidos, França, Nova Zelândia, Tailândia e Alemanha têm situações piores que a brasileira.

Por que as pessoas abrem negócios?
No Brasil, 7 dos 13 milhões de empreendedores iniciais são motivados por oportunidade (pessoas que têm vocação ou acham nichos pouco explorados), contra 6 milhões que são motivados por necessidade (pessoas que não encontram outra forma de gerar renda).

Com esses resultados, o Brasil ocupa a 15ª posição no empreendedorismo por oportunidade (6% do total mundial) e a 4ª no empreendedorismo por necessidade (5,3%).

Alimentação é o principal foco
Cerca de 27% dos empreendedores iniciais e 20% dos negócios estabelecidos atuam no setor de alimentação. O segundo ramo de maior interesse é o de vestuário e confecções, que responde por 14% dos negócios iniciais e 11% dos estabelecidos. O artesanato também tem um peso considerável no empreendedorismo brasileiro, ocupando 6% dos empreendedores iniciais e 5% dos estabelecidos.

Em relação à aplicação de inovações tecnológicas, o empreendedorismo brasileiro é quase inexistente. Dentre os empreendimentos iniciais, 82,3% não oferecem novidades, contra 5,2% que oferecem. O índice é ainda maior entre os negócios estabelecidos, pois 85,7% dos empreendedores não consideram seus produtos novos, contra 5,8% que dizem oferecer novidades.

Por fim, 66% dos empreendedores iniciais do País atuam em negócios com alta concorrência. Dentre os estabelecidos, o número sobe para 72,5%, índice bem acima da média mundial, de 55% para os iniciais e 65% para os estabelecidos.

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