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Brasil bate a marca de 1 milhão de carros flex nas ruas

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Fonte: INVERTIA

Larissa Santana
do Invertia

Trinta e um meses após a estréia da tecnologia flex fuel no mercado brasileiro, os carros bicombustíveis se consolidaram como opção preferida entre os consumidores de automóveis novos. Já há quase 1 milhão deles rodando nas ruas do Brasil – ou, mais precisamente, 934,1 mil, de acordo com dados da Anfavea, a associação das fabricantes nacionais.

Pode não parecer muito diante dos 25,682 milhões de carros que compõem a frota brasileira, mas a quebra da barreira do milhão (que deve ser vencida oficialmente em 4 de novembro, com a divulgação das vendas de outubro) será o sinal mais claro de que os motoristas gostaram da idéia de escolher o combustível no posto de abastecimento, e não na concessionária.

Tanto que, em setembro, os carros flex representaram 65,8% (91 mil) de todas as vendas de carros novos. A liderança pode ser interpretada como uma sentença de morte para os carros a gasolina, que ficaram apenas com 27,7% (38 mil) do mercado no mês.

Em janeiro de 2005, as proporções eram as mesmas, mas as posições estavam invertidas: a gasolina reinava com 66% das vendas, enquanto o flex era a escolha de 26,9% dos consumidores de novos.

Em 2002, nada batia a gasolina, que detinha 92% das vendas de novos, à frente de álcool e diesel, ambos com 4% cada um. Em março do ano seguinte, no entanto, chegou o pioneiro na tecnologia flex fuel, o Gol Total Flex.

Lançado pela Volkswagen, o modelo vendeu cerca de 18 mil unidades em 2003, quase dobrou o número em 2004 (35 mil) e em 2005, até setembro, passou dos 100 mil. A evolução positiva levou a Volkswagen a estender a novidade aos modelos Saveiro, Fox, CrossFox, Parati, Polo e Polo Sedan, chegando a 80% da produção.

O Golf vai ganhar a tecnologia em 2006, quando 100% dos carros produzidos pela Volks para o mercado doméstico deverão sair das fábricas munidos do tanque bicombustível.

Mais montadoras

Outras cinco montadoras também entraram na esteira do flex: Fiat, General Motors, Ford, Renault, Peugeot e Citröen; a Honda anunciou que deverá integrar a lista em 2006.

Na Fiat, 90% dos carros produzidos para o mercado interno já são bicombustíveis. Só Marea, Doblô e Stilo ainda têm motores a gasolina, mas a montadora avisa que os próximos lançamentos serão todos flex fuel.

“Ao oferecer o produto que traz vantagem ao cliente, você faz com que ele fique mais tranqüilo ao comprar e traz mais competitividade para o mercado”, explica o assessor técnico de comunicação Carlos Henrique Ferreira.

A Renault extinguiu a produção a gasolina de todos os modelos 1.6, e agora avança na produção flex fuel dos 1.0, acreditando no potencial do segmento dos populares. “A gente vê que o mercado de bicombustíveis vem crescendo. Quando lançamos um motor bicombustível, deixamos de fabricar o mesmo modelo a gasolina no Brasil”, conta Antonio Megale, diretor de marketing do grupo francês no Brasil.
Ele acredita, contudo, que o motor a gasolina deve sobreviver ao abalo causado pelos carros flex. “O bicombustível não é uma unanimidade, porque em algumas regiões o álcool não é unanimidade. Não dá pra dizer que o motor a gasolina vai acabar”, justifica.

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