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BNDES quer financiar 3º setor para ampliar rede de microcrédito

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Aumento da escala de recursos destinados ao microcrédito é orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Janaina Lage

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, afirmou ontem que o banco estuda ajudar a financiar a criação de redes de organizações não-governamentais para facilitar o repasse de recursos para o microcrédito.

O aumento da escala de recursos destinados ao microcrédito é orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Uma das formas de aumentar o volume dessas operações é por meio de Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público).

"Uma dificuldade grande é que a rede de organizações não-governamentais que opera com microcrédito é escassa. Em algumas regiões do país não tem quantidade suficiente para operar bem. Estamos pensando em ajudar a criar a rede", afirmou Coutinho.

Segundo Élvio Gaspar, diretor da área Social do BNDES, o banco tem uma carteira de R$ 80 milhões destinada a cerca de 80 mil empreendedores. Ele estima que exista um universo de 8 milhões a 10 milhões de empreendedores informais que poderiam fazer uso destes recursos.

Atualmente, o sistema do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado atinge de 500 mil a 600 mil empreendedores. "O BNDES tem como meta fazer com que os recursos cheguem a essas pessoas", disse.

O banco fez um corte e separou as Oscips mais estruturadas, com capacidade de tomar empréstimos de R$ 1 milhão, e já está próximo do limite nesse tipo de operação. Para ganhar escala, precisa fomentar a criação e estruturação de mais Oscips para viabilizar o repasse dos recursos.

O BNDES repassa o crédito com TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), atualmente em 6,25% ao ano mais 1,5% de juros. As Oscips podem repassar os recursos com taxa de no máximo 4% ao mês.