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Bacalhau melhor e mais barato

Publicado em:

Agência Estado

O preço do bacalhau – de 10% a 20%, em média, mais barato neste ano em relação a 2005 – é o maior atrativo da lista de produtos típicos do varejo para a Páscoa.

A redução de preço, por causa da desvalorização do dólar frente ao real, aumentou o consumo, desde os tipos mais baratos aos considerados nobres. “Além de vender maior quantidade, também percebemos uma migração na escolha do consumidor. Muitos querem este ano um peixe de qualidade melhor porque o preço está mais acessível”, dizia ontem o gerente do Empório Chiappetta do Mercado Paulistano (Central), Leonardo Chiappetta. O tipo nobre, conhecido como Porto, era vendido ontem a R$ 65 o quilo. No ano passado custava R$ 72 nesta época. O mais popular saía por R$ 30.

A redução dos preços convenceu o representante comercial Carlos Ataíde Ribeiro, a levar 4,5 quilos do Porto. Ele mora em Salvador e vem todo ano a São Paulo, pouco antes da Semana Santa, para uma feira de materiais de construção.

“Levo sempre bacalhau para o meu pai, que é português. Neste ano, decidi comprar o de melhor qualidade porque o preço caiu”, disse. Ele foi ao Mercadão com o amigo José Martins Filho, que também levou dez garrafas de vinhos portugueses a R$ 25 cada uma. “Comprei quatro a mais do que na Páscoa passada porque os preços estão compensando.” A redução de preços deve aumentar as vendas dos produtos importados em volume, principalmente a partir deste fim de semana. Mas, por causa da queda do dólar, há menos otimismo com o faturamento. “O resultado financeiro deve empatar com o do ano passado”, disse Chiappetta. “Não dá para afirmar que as vendas serão muito melhores que na Páscoa de 2005. Mas teremos crescimento porque a base de comparação é baixa”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Supermercados ( Abras), João Carlos de Oliveira. A expectativa é vender de 10% a 15% a mais que em 2005.

O Pão de Açúcar, por exemplo, encomendou 15% a mais de pescados em geral para a Páscoa deste ano. “A queda de preços, em média, ficou em 7%, porque os tipos nobres tiveram uma redução de 15% a 20%, mas o bacalhau mais popular, Saithe, vendido principalmente no Nordeste, subiu 15%, pela escassez do produto na Noruega”, disse o diretor de Carnes e Peixes da rede, Wilson Barquilla.

O Wal-Mart aumentou em 25% a oferta geral de produtos importados em suas prateleiras.

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