Arrecadação do IRPF cresce 34,64% no ano
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A arrecadação do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) apresentou crescimento real de 34,64% no acumulado de janeiro a maio em função do registro de ganhos de capital na venda de imóveis. Segundo o secretário-adjunto da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, o recolhimento desse imposto tem crescido sistematicamente como resultado da intensificação das operações de fiscalização, principalmente em São Paulo, com base nas informações prestadas pelas imobiliárias e pelos cartórios.
O secretário também atribui o aumento da arrecadação por ganho de capital ao dinamismo do mercado imobiliário. Segundo os dados da Secretaria da Receita Federal do Brasil, no acumulado dos cinco primeiros meses de 2007, a arrecadação de IRPF em função de ganhos de capital na venda de imóvel foi de R$ 1,690 bilhão ante R$ 551 milhões no mesmo período de 2006. Outro fator que contribuiu para o bom desempenho da arrecadação este ano foi a lucratividade das empresas. O recolhimento do IRPJ e da CSLL subiu 17,13% e 13,87%, respectivamente. Os setores que mais aumentaram a arrecadação, segundo a Receita, foram o financeiro, automotivo e de telecomunicações.
O IPI sobre bens importados subiu 18,59% no acumulado do ano na comparação com janeiro a maio de 2006 puxada, principalmente, pela elevação de 27,01% no valor em dólar das importações tributadas. O aumento da arrecadação é reflexo do real valorizado em relação ao dólar.
Outro destaque é o aumento no ano dos depósitos judiciais em 323%. Somente em maio houve uma arrecadação atípica de R$ 685 milhões de uma empresa do setor metalúrgico e de R$ 118 milhões referente a uma multa aplicada por subfaturamento nos valores importados.
O recolhimento total de tributos pela Receita Federal no acumulado do ano soma R$ 233,35 bilhões. Corrigido pela inflação, o valor chega a R$ 234,78 bilhões, aumento de 10,85% sobre os cinco primeiros meses do ano passado.
No mês passado, os impostos e as contribuições federais pagos pelos contribuintes atingiram os valores mais elevados para um mês de maio. De acordo com a Receita Federal, a arrecadação foi de R$ 45,43 bilhões, valor recorde para o período. O crescimento real (já descontada a inflação) em relação ao mesmo mês do ano passado é de 12,95%. O valor incluiu a arrecadação previdenciária. Em relação a abril, porém, a arrecadação caiu 11,26%. O Imposto de Renda e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) são os tributos mais representativos em volume, R$ 11,47 bilhões e R$ 8,08 bilhões, respectivamente.