13º injeta R$ 60 bilhões na economia
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Patrícia Büll
Nesta semana as empresas começam a pagar a primeira parcela do 13º salário. Estima-se que R$ 60 bilhões deverão ser injetados na economia nos próximos dias. A estimativa leva em conta a correção do salário mínimo deste ano, que foi de 8,5% sobre os R$ 53 bilhões pagos no ano passado, e a criação de postos de trabalho com carteira assinada. Desse montante, R$ 1,014 bilhão já foi pago aos bancários na última sexta-feira, referente à antecipação de 50% da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos bancos em 2007.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Claudio Marcolino, funcionários do HSBC, Itaú, Bradesco e Unibanco, que representam a quase a totalidade dos 435 mil bancários do País, receberam a antecipação, que chega a 40% do salário, com teto fixado em R$ 2.938, mais fixo de R$ 439, acrescidos de um valor de até R$ 900 – dependendo do lucro do banco.
Além disso, a partir deste ano, os bancários terão direito à 13ª cesta alimentação de R$ 252,36, que representa outros R$ 110 milhões. "Essa é a primeira cláusula econômica que conseguimos inserir na Convenção Coletiva de Trabalho nos últimos dez anos", explica Marcolino.
De acordo com Emilio Alfieri, economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a experiência mostra que a primeira parcela do 13º salário é usada, normalmente, para pagamento de dívidas. Tanto que na pesquisa "Perfil do inadimplente", feita no balcão do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), em setembro, 63% dos entrevistados responderam que não pretendem efetuar novas compras a prazo nos próximos três meses.
Já a segunda parcela do 13º salário, segundo Alfieri, é usada para as compras natalinas e poupança. "E a maioria faz uma poupança de curto prazo, para pagamento dos impostos de início do ano, como IPVA e IPTU", afirma.
