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Prejuízo com feriados pode ficar acima de R$ 11 bilhões na economia

Publicado em:

Jornal do Comércio

 

 

 

 

 

O ano de 2018 será marcado por uma grande quantidade de feriados que acontecerão em dias de semana. Em Porto Alegre, por exemplo, serão 12 datas comemorativas ou religiosas que transcorrerão nas terças-feiras, quintas-feiras, segundas-feiras e sextas-feiras. Com isso, as perdas para a economia do Rio Grande do Sul e, em especial, para o varejo gaúcho, podem ser expressivas.

Há algum tempo, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) vem solicitando que os feriados sejam ajustados de forma a maximizar a produtividade econômica do País. Informalmente, sabe-se que os feriados das quintas e sextas-feiras acabam sendo esticados e se transformam em feriadões, incluindo o sábado, nos quais lojas e indústrias costumam operar.

“É uma situação que se repete todos os anos e que provoca danos importantes ao movimento da economia. Cada dia parado no Rio Grande do Sul representa R$ 1,3 bilhão à economia do estado e cerca de R$ 178 milhões ao comércio varejista. Desta forma, em 2018 poderemos ter uma perda da ordem de R$ 11,7 bilhões para o Estado e R$ 1,6 bilhão para o varejo”, ressalta o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.

O presidente da FCDL-RS destaca que a entidade representativa do varejo gaúcho se posiciona favoravelmente a ideia de que seja retomado o sistema de transferência de feriados praticado no final dos anos 1980 e início dos 1990, colocando-os nas segundas-feiras, com exceção do Natal, Ano-Novo e Páscoa. Na avaliação de Koch, a medida manteria um período mais extenso de descanso para os trabalhadores e evitaria a desmobilização do sistema produtivo em dias que deveriam ser de trabalho.

De acordo com o presidente da FCDL-RS, os feriados em sextas-feiras acabam acarretando prejuízos ainda maiores, uma vez que abrir o comércio apenas no sábado acaba não valendo a pena e também compromete o descanso prolongado dos comerciários. Nos feriados não há faturamento para a grande maioria dos empreendimentos que não estão localizados em pontos turísticos. Consequentemente, o governo arrecada menos impostos e os funcionários também deixam de ganhar, nestes dias, as comissões em vendas.

 

Confiança do Comércio sobe 1,4% em dezembro, apura levantamento da CNC

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 109,2 pontos em dezembro, alta de 1,4% ante novembro, na série com ajuste sazonal, e aumento de 10,2% ante dezembro de 2016, informou nesta quarta-feira, 3, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em nota, a entidade destacou que o indicador se manteve acima da zona de indiferença (100 pontos).

“A melhora gradativa do poder de compra das famílias, proveniente da desaceleração da inflação e da leve recuperação da renda, provocou um resultado mais favorável nas vendas de fim de ano”, diz o economista Bruno Fernandes, na nota divulgada pela CNC.

Nas estimativas da confederação, o comércio registrou vendas de R$ 34,9 bilhões durante o Natal, montante 5,2% acima do mesmo período do ano anterior.

No Icec de dezembro, o subíndice que mede a avaliação das condições correntes pelo comerciante apresentou aumento de 1,7% ante novembro, para 79,5 pontos. Na comparação anual, o índice teve “um importante aumento de 33,3%”, diz a nota da CNC, destacando que, “apesar disso”, esse subíndice continua na zona negativa, abaixo dos 100 pontos.

Já o Índice de Expectativas do Empresário do Comércio aumentou 1,0% em relação a novembro e 1,8% na comparação com dezembro de 2016, atingindo 152,0 pontos. Segundo a CNC, é o único componente do Icec acima da zona de indiferença, ou seja, acima dos 100 pontos. “Na avaliação de 83,2% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos seis meses à frente. Em novembro, esse percentual havia alcançado 82,9% e, em outubro, 80,8%”, diz a nota da CNC.

 

Pesquisa em 12 capitais mostra que 48% dos consumidores estão cautelosos com gastos

Levantamento feito em 12 capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 48% dos consumidores consultados pretendem reduzir os gastos neste começo de ano. O principal motivo é o nível elevado de preços, justificado por 24% dos entrevistados.

Outra razão apontada foi o desemprego (18%) e o mesmo percentual argumentou ter apenas interesse em economizar. Para 16%, essa é uma maneira de enfrentar o endividamento e a situação financeira difícil.

Na lista de compras para janeiro destacam-se, além dos produtos essenciais de consumo, roupas, calçados e acessórios (27%), remédios (17%), recarga para celular (13%), perfumes e cosméticos (10%) e móveis (8%), entre outros.

O levantamento foi feito em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Belém, Goiânia e Manaus na primeira quinzena de dezembro último, com base em 800 casos usados para compor o Indicador de Propensão ao Consumo, calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito.

A pesquisa mostra que quatro em cada 10 consumidores estavam com as contas em atraso no fim de 2017, o que equivale a 38% dos casos analisados e 45% declararam que estão no limite dos ganhos.

Só 13% conseguiram chegar ao final do ano passado com sobra no orçamento. Entre os que fizeram empréstimos ou financiamentos, 22% estavam inadimplentes. A pesquisa mostrou ainda que 47% usaram mais o cartão de crédito em novembro, tendo um gasto médio de R$ 1.035,00. Ao mesmo tempo, 30% não alteraram os gastos e 19% disseram que reduziram o valor do consumo.

O estudo detectou que os gastos feitos com o cartão de crédito em sua maioria (66%) foram para adquirir itens essenciais em supermercados como, por exemplo, alimentos; 51% para remédios; 36% combustíveis; 33% com bares e restaurantes; 31% recarga de celular e 15% com gastos diversos.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, fez um alerta aos que usaram o 13º salário para colocar as contas em dia. “Uma vez restaurado o equilíbrio do orçamento, o consumidor precisa manter o controle dos gastos, estabelecendo prioridades e fazendo ajustes quando necessário”, disse.

 

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